DNIT sabia que ponte entre Tocantins e Maranhão precisava de reparos
O trabalho de inspeção realizado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) revelou que a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, sobre o Rio Tocantins, já era considerada uma estrutura em estado "ruim" de conservação. A informação havia sido obtida sete meses antes do desastre.
Relatórios da autarquia, atualizados até julho de 2019, mostravam que a ponte se encontrava na categoria "amarela", indicando "nota 2" para a estrutura, sendo 1 o estado mais crítico e 5 o melhor estado.
Além disso, de acordo com o DNIT, entre novembro de 2021 e o mesmo mês do ano passado, o departamento manteve um contrato de manutenção no valor de R$ 3,5 milhões. Os recursos teriam sido utilizados em reparos de vigas, pilares e na laje da ponte, por exemplo.
O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou nesta segunda-feira (23) que o governo vai destinar mais de R$ 100 milhões para a reconstrução da ponte. Depois de visitar a área, Renan decretou estado de emergência.
De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), as equipes de resgate retiraram duas pessoas das águas. Uma delas é um homem de 36 anos e a outra é uma mulher de 25 anos, sem vida. Pelo menos 15 pessoas ainda estão desaparecidas.
Além disso, até o momento, pelo menos 10 veículos caíram no rio, entre eles quatro caminhões, três automóveis e três motocicletas. Pelo menos dois desses caminhões estavam carregados com produtos perigosos, como ácido sulfúrico, por exemplo.
A PRF também informou que enviou equipes ao local com o intuito de acompanhar a situação e prestar os atendimentos necessários. Integrantes da Marinha do Brasil, bombeiros militares e outros órgãos de apoio atuam em conjunto para definir estratégias de buscas. Mergulhadores especializados já estão no local.