Em Guapé, aparecimento de caramujo transmissor de doenças preocupa moradores
Os moradores de Guapé (MG) estão preocupados com a quantidade de caramujos africanos que tem aparecido na cidade. Apesar de pequeno, o molusco pode transmitir doenças graves como a meningite.
De acordo com o relato dos moradores, os caramujos africanos surgem geralmente no fim do dia.
Alguns deles podem ser encontrados na praça da Casa da Cultura. Outros também são vistos na zona rural da cidade. A Cristiane contou que já tentou eliminar os animais, mas segue preocupada com a situação.
O caramujo africano transmite doenças como a meningite. A contaminação pode ocorrer pela ingestão de hortaliças e frutas que estejam com a larva do bicho. Até o momento, Guapé não registra nenhum caso da doença.
Para evitar casos de doenças graves causadas pelo caramujo africano, a prefeitura elaborou um informativo com orientações, entre elas, usar luvas para proteção e sacos de lixo na hora de coletar os caramujos. Depois de capturados, eles devem ser colocados em um recipiente com sal ou água sanitária por no mínimo 24 horas. Só após isso, eles devem ser enterrados com cal virgem. Os quintais precisam ser limpos, com frequência, para eliminar o molusco.
Há indícios que o caramujo africano tenha chegado ao Brasil na década de 80. A ideia era vender o animal como escargot. Sem aceitação no mercado brasileiro, eles foram soltos no meio ambiente. O caramujo africano coloca, em média, 400 ovos por ano.
De acordo com o relato dos moradores, os caramujos africanos surgem geralmente no fim do dia.
“Tá assustador a quantidade de caramujos que a gente encontra nas hortas e nas orlas de Guapé, principalmente aqui na orla do Bangalô, o que é um problema seríssimo, porque os pais normalmente trazem as crianças pra brincar aqui. Então é um problema sério que tem que ser resolvido”, afirmou o gestor cultural, Felipe José Dutra.
Alguns deles podem ser encontrados na praça da Casa da Cultura. Outros também são vistos na zona rural da cidade. A Cristiane contou que já tentou eliminar os animais, mas segue preocupada com a situação.
“Tem muito aqui. Ontem de noite eu matei esses. Coloquei um sal ali que dizem que é bom. Os vizinhos tudo reclamam, tem muito caramujo mesmo e de todo jeito que você faz não está tendo solução. Sobe em tudo quanto é lugar, come tudo que vê, não está tendo solução. Inclusive agora que está chovendo muito, dá muito mato, então eles escondem assim nos matos, né? A gente fica muito preocupado”, disse a manicure, Cristiane Vaz da Silva.
O caramujo africano transmite doenças como a meningite. A contaminação pode ocorrer pela ingestão de hortaliças e frutas que estejam com a larva do bicho. Até o momento, Guapé não registra nenhum caso da doença.
“Tem uma outra que faz um acometimento nos vasos sanguíneos, principalmente do abdômen. No caso das duas, elas têm uma gravidade bem significativa, por mais que a prevalência esteja um pouco mais baixa. O tratamento básico acaba sendo um tratamento de suporte com corticoides e sintomáticos mesmo, porém todo caso precisa ser visto por um médico antes de iniciar o tratamento”, explicou Bruno Perez Azevedo, médico.
Para evitar casos de doenças graves causadas pelo caramujo africano, a prefeitura elaborou um informativo com orientações, entre elas, usar luvas para proteção e sacos de lixo na hora de coletar os caramujos. Depois de capturados, eles devem ser colocados em um recipiente com sal ou água sanitária por no mínimo 24 horas. Só após isso, eles devem ser enterrados com cal virgem. Os quintais precisam ser limpos, com frequência, para eliminar o molusco.
Há indícios que o caramujo africano tenha chegado ao Brasil na década de 80. A ideia era vender o animal como escargot. Sem aceitação no mercado brasileiro, eles foram soltos no meio ambiente. O caramujo africano coloca, em média, 400 ovos por ano.
“O caramujo tem períodos de afloração. Na época de seca eles praticamente somem. A gente não consegue encontrar indivíduos. Nessa época agora de umidade, de chuva, que a gente mais consegue vê-los, eles reproduzem mais e a gente consegue combater eles melhor. Então a gente fez no começo do ano, que é o período de chuva aqui, que foi a primeira vez que a gente fez esse trabalho com a Sanitária e agora também no final do ano agora que voltou a chuva, a gente também já publicou de novo, vamos fazer de novo essa parte de informativo que a gente tem com a população”, explicou Marcelo Gonçalves, secretário de Meio Ambiente de Guapé.